O que foi o Ciclo do Açúcar?
A indústria açucareira foi introduzida no Brasil, baseada no sistema de plantation, com o domínio do latifúndio, monocultura, trabalho escravo e produção voltada para o mercado externo. Os engenhos de cana-de-açúcar foi herança dos engenhos mouros introduzidos durante a ocupação muçulmana na península Ibérica na Idade Média.
A cana-de-açúcar teve seu desenvolvimento em fazendas que acabaram sendo denominadas de Engenho, ficavam próximas ao litoral, onde encontraram um solo propício chamado de massapé. O maquinário do engenho era a moenda de onde se extraia a garapa, depois a casa de fervura onde ele virava o melaço e depois colocado em formas e levado para a casa de purgar, onde viraria o pão de açúcar.
O açúcar bruto (rapadura ou pão de açúcar) era ensacado e vendido para Portugal este revendia para a Holanda, que refinaria o produto, embalaria em caixas e revenderia aos outros países. Este acordo com os flamengos (holandeses) se deu em razão que foi o banco de Amsterdã que financiou a produção açucareira no Brasil.
A colônia não podia comercializar diretamente com outros países, devido ao Pacto Colonial onde um monopólio permitia o comércio somente com a metrópole. Desta forma Portugal era apenas um atravessador.
O açúcar foi o principal produto da economia durante todo o período colonial, mas entrou em decadência no século XVII com a concorrência do açúcar produzido nas Antilhas e depois no século XIX o café passou a ser o principal produto de exportação do país.
Por Frederico Czar
Professor de História
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