sexta-feira, 27 de março de 2020

John Locke

John Locke, nascido em Wrington (Inglaterra), estudou em Oxford. Em 1688, fora nomeado membro da Royal Society e opositor declarado da monarquia absolutista proposta por Hobbes, tornou-se um dos expoentes do Liberalismo inglês. Em sua doutrina filosófica, buscando compreender qual a origem e necessidade do Estado Civil sinaliza que a função basilar do Estado é a de defender a propriedade privada, garantir que os cidadãos possam ter assegurados os seus direitos às posses que possuem sem que ameaças constantes o impeçam de acumular suas propriedades.

O teórico inglês chega à conclusão de que por mais que o estado de natureza (estado hipotético inicial da natureza humana) seja um estado em que o homem tenha a posse de inúmeros direitos esses mesmos direitos são constantemente ameaçados pelos seus rivais. Isso levou os homens, na perspectiva adotada pelo teórico, a abdicar de suas liberdades plenas e se submeterem à autoridade e domínio estatal onde passam a ter a segurança de suas posses, a preservação de suas propriedades.

Todavia, por não ser adepto da monarquia absolutista proposta por Hobbes, Locke prevê que essa submissão dos cidadãos ao controle do Estado ela não é plena e cega, mas passível de insurreição contra os desmandos ou ineficiência governamental. Desse modo, Locke garante aos cidadãos o direito de se rebelarem contra as arbitrariedades que venham a ser impostas pelos governantes que contrariem os fins para os quais foram eleitos. Pensando sob essa perspectiva, o teórico sinaliza a possibilidade de o poder soberano pertencer não ao governante, mas povo que o delega mediante o exercício do voto, da escolha, do consentimento do contrato político estabelecido entre governantes e cidadãos.

Em sua Teoria do Conhecimento, Locke, especialmente em sua obra Ensaio Sobre o Entendimento Humano, sistematiza a gênese bem como os limites e possibilidades do conhecimento humanosinalizando clara oposição ao inatismo cartesiano e propondo as bases para o Empirismo inglês. Desse modo,em sua crítica ao inatismo, Locke postula que todo o conhecimento tem origem na experiência e que nossa mente, à semelhança de uma tábula rasa, seria preenchida pelos caracteres da experiência.

Principais Obras:

– Cartas Sobre a Tolerância.

– Dois Tratados Sobre o Governo.

– Ensaio Sobre o Entendimento Humano.

– Pensamentos Sobre a Educação.

– Racionalismo do Cristianismo

Fábio Guimarães de Castro

Referências Bibliográficas

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

ANTISERI, Dario; REALE, Giovanni. História da Filosofia (vol. I). 8. ed. São Paulo: Paulus, 2007.

MELANI, Ricardo. Diálogo: primeiros estudos em filosofia. 2º ed. São Paulo: Moderna, 2016.

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